Enfim, o cd já esta rodando. Mas para tirar algumas duvidas vou postar aqui uma parte de uma entrevista que foi feita com a pitty logo após o lançamento do cd. Espero que gostem.
ps: a entrevista foi feita pelo site "Terra".
Como foi gravar esse CD "em casa"?
Pitty - É lindo. Conforto e liberdade total. Gravar no Rio era massa, mas não é nossa casa. A gente fica hospedado em hotel e vamos concordar que ninguém aqui aguenta mais ficar quarto de hotel. Todo mundo mora perto, almoça em casa com a mulher e o filho e volta pra gravar guitarra.
E o ambiente entre vocês? Influenciou?
Pitty - Influência muito. A gente fazia rango junto, sentava na mesinha pra comer. Bem acampamento de amigo mesmo. É aquela coisa de ir contra aquilo que todo mundo faz, acreditar e arriscar pra ver se dar certo. A gente resolveu rever todos esses conceitos. Um lance mais orgânico mesmo, sabe? Junta aí e grava a base tocando os três. Vai ficar tocando quinhentas vezes até ficar bom?
Vocês optaram por um esquema mais "cru"?
Pitty - Foi a primeira coisa que a gente falou. Nada de copy paste. A gente ia gravar os coros dos backing vocals e eu gravei todas as vezes, duzentas vozes se fosse preciso porque cada vez é diferente.
Vocês ficaram quatro anos sem entrar em estúdio. Rolou um receio na volta?
Pitty - Não teve receio. A gente não teve vontade de gravar antes porque estávamos ocupados, essa é a real. A turnê do DVD rendeu um ano a mais do que a gente esperava. Começamos a falar do disco novo no meio do ano passado e começou a pintar muito show, shows legais mesmo e resolvemos não interromper. "Go with the flow". Mas a vontade já estava rolando.
Mais uma vez vocês trabalharam com Rafael Ramos como produtor. Qual é o papel dele quando vocês gravam?
Pitty - As pessoas têm uma visão mística dos produtores por conta de tantos picaretas que maquiam e formatam bandas ao invés de aproveitar potencial. Não é assim. Rafael é o quinto cara da banda e se comporta como tal. Toda vez que ele dá ideia é como mais um membro. A gente pode achar demais ou falar "não, cara, você tá viajando". Ele ama música. É pesquisador e se interessa em saber como as bandas gringas estão produzindo e tiram som das coisas. Ele me alimenta muito musicalmente também.
No single Me Adora você fala a palavra f*** no refrão. Como tem sido a recepção?
Pitty - Até agora não soube de nenhum tipo de censura. Esse refrão é para ser um sarro. Um sarro de ironia. Não é mais um palavrão para nossa geração. F*** é adjetivo. Não chega a ter uma conotação do mal e nem sexual. É um adjetivo tanto pro bem quanto pro mal. A língua se modifica mesmo. Estamos aí para propor essas mudanças. Senão estaríamos aí escrevendo "vosmecê".
A letra é uma alfinetada na imprensa?
Pitty - Não necessariamente. Se a carapuça couber. Mas não é só isso. Ela tem um sentido muito mais amplo. Não é direcionada aos críticos. É para qualquer tipo de pessoa que se sentiu vítima de difamações e se sentiu injustiçada por um julgamento alheio que não foi profundo.
No álbum há sons de castanholas, efeitos na voz e barulhos em geral. Como começaram a trabalhar esses sons?
Pitty - Acho muito legal essa coisa do baixo, guitarra e bateria, mas queria brincar com outras coisas. Queria somar. Mas não com plugin de computador, com pedais mesmo com efeitos de outros instrumentos com vocal.
Você começou a divulgar muitas coisas no site e no twitter deixando os fãs curiosos sobre o disco e fazendo até a imprensa "chutar" algumas coisas. Você se arrependeu?
Pitty - Achei uma delícia. Achei massa. O negócio é circo pegar fogo mesmo. Movimentar. O ruim é ficar parado. Gosto muito de coisa de mistério. Acho mais interessante quando a vida é um mistério. Comecei a dar pistas e soltar frases malucas que não revelavam nada do que a gente tava fazendo. Estimular neguinho e deixar a pulga atrás da orelha. Que nem eu coloquei no twitter: "siga o coelho branco" e "coelhos brancos correndo pela sala" e isso não foi revelado até agora.
Thanks :)
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